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Piotr Iyiteh Tchaikovsky nasceu em 7 de maio de 1840 na cidade de Votkinsk, às margens do Volga. Votkinsk era, na época, um dos mais prósperos centros siderúrgicos russos.
Desde cedo Piotr dava mais sinais de interesse por música. Quando tinha cinco anos, sua atividade predileta era passar horas ao piano com sua mãe, descobrindo sons.
          Em 1850, a família escolheu a profissão do pequeno Piotr: advogado. Para tanto, deveria mudar-se para São Petersburgo, onde freqüentaria as aulas preparatórias para a Escola de Direito da então Capital russa. Piotr era um excelente estudante, metódico e muito aplicado. Antes mesmo de sua formatura, obteve um bom posto no Ministério da Justiça, que abandonou apenas em 1863, para dedicar-se à música.
          Depois da morte da mãe, para compensar essa perda tão grande, por volta dos 18 anos Tchaikovsky mudaria radicalmente seu comportamento. Antes tímido, inseguro, recluso, agora um boêmio consumado. Por um bom período, Piotr entregou-se por inteiro à vida noturna, aos prazeres da bebida e do sexo. E é nessas noitadas que começa a despertar fortemente uma de suas características que mais o incomodariam intimamente: sua homossexualidade. Tchaikovsky se sentia realmente incomodado com suas tendências sexuais, a ponto de tentá-la a todo custo reprimi-la. Mas não obteve sucesso.
          De qualquer maneira a sexualidade geraria um sem números de conflitos interiores na já frágil personalidade de Tchaikovsky. Mais tarde, alguns atos desesperados seriam frutos de tais conflitos. Mas voltemos ao ano de 1863 em que Tchaikovsky decide largar a carreira jurídica para se dedicar exclusivamente à musica. Matricula-se no Conservatório de São Petersburgo e estuda com seu afinco habitual.
          Poucos dias depois da estréia da Sexta Sinfonia, Patética, ocorrida em 28 de outubro de 1893, o compositor ficava gravemente doente. É a cólera, que se alastrava por São Petersburgo. Não Resiste. No dia 6 de novembro 1893, morre Piotr Iyiteh Tchaikovsky. Sua última palavra: maldita.
          Segundo consta, Tchaikovsky tomou um copo de água não fervida, mesmo tendo conhecimento da epidemia, em 2 de novembro. Suicídio? A lenda diz que sim, mas nada podemos provar. Este é mais um dos mistérios que a morte de Piotr manterá para sempre insolúveis.
(fonte: “Carta Forense”, n.º 32, janeiro de 2006. p. 23)