Vanessa
Rangel é mais uma das figuras que se enveredou pela vida artística.
Cantora, compositora violonista, ela começou a tocar e a cantar
ainda aos 9 anos de idade.
Por pouco
não fez carreira na advocacia, seguindo os passos de seu pai,
advogado. Quando foi prestar vestibular a família pressionou,
com a velha história de que “cantar não dá
futuro”, o que a fez optar pelo curso de Direito, ingressando,
portanto, na Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense,
onde se formou.
Trabalhou
no Tribunal Regional Federal da 2.ª Região, de onde saiu
para dedicar-se a música, porém depois retornou aos quadros
do TRF, deixando-o definitivamente mais tarde.
Em 1995
iniciou sua carreira artística, apresentando-se em espaços
culturais da cidade do Rio de Janeiro. Já em 1996 gravou uma
fita “demo” produzida por Ary Sperling. Participou do CD
“14 Bis”, o qual teve mais de 20 mil cópias de seu
álbum de estréia vendidas em dois meses, fato que levou
Vanessa Rangel despontar como uma das novas cantoras mais ouvidas no
momento.
A música
Palpite, carro-chefe das canções de Vanessa, puxou as
vendas do disco e entrou no rol das mais executadas pelas rádios
do Rio, São Paulo e Recife, onde chegou ser a mais pedida das
paradas.
Segundo
a Dra. Vanessa Rangel “chegou a trabalhar como advogada, mas,
cada vez mais, tinha vontade de cantar. Num certo momento decidiu que
tinha de entrar de cabeça na música”. Embora seu
trabalho tenha um pé no pop, suas principais influências
vêm da MPB. “Passei minha vida ouvindo Tom Jobim, Chico
Buarque e os mineiros do Clube da Esquina, como Milton Nascimento, Lô
Borges e Beto Guedes. Mas também adoro os Beatles e, mais recentemente,
Sheryl Crow e Suzane Veja.”
Seu primeiro
trabalho é autoral, resultado dessas influências e das
experiências vividas em seus 26 anos. “Minha maneira de
compor envolve intuição, que é a melodia, e também
uma idéia que desenvolvo a partir das coisas que penso e vivo,
que vai se torna letra.”
Além
de Palpite, o CD inclui mais oito composições próprias
e uma corajosa releitura para Acontece, de Cartola, gravada ao vivo
em 1995, apenas com voz e violão.
(fonte: “Carta forense”, n.º 37, julho de 2006, p.
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