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         Confundido com um criminoso e preso por engano durante um mês e 14 dias, o servente de pedreiro João Batista Rodrigues da Silva, 21 anos, ganhou liberdade no dia 25 de maio. O pedido de liberdade foi acolhido pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira, da 2.ª Vara Criminal de Goiânia.
         
          Na decisão, o juiz justificou o ato informando que João Batista era inocente e havia nascido quatro anos depois do crime, comprovando assim que nada tinha a ver com a história. O verdadeiro réu, que tem problemas mentais e antecedentes criminais, cometeu o homicídio em 28 de maio de 1981 e estava foragido desde então.
Segundo informações da escrivania, foi constatado que a falha aconteceu no momento da prisão, quando não foram verificadas a data de nascimento, o nome dos pais e a naturalidade do servente de pedreiro.

        De acordo com o juiz, é comum fatos como esse acontecerem com pessoas de poucos recursos: “A situação chega às raias do insólito quando constatado que o ‘João Ninguém’ que se encontra preso à época do delito sequer era nascido. Ora, mas isso não é problema. Trata-se, afinal, do ‘João Ninguém’, quase um genérico para qualquer João”.

(Revista Consultor Jurídico, 4 de junho de 2007).