Contistas
e romancista, Lygia Fagundes Telles nasceu em São Paulo,
mas passou a infância em pequenas cidades do interior estado,
onde o pai, o advogado Durval de Azevedo Fagundes, foi promotor
público e delegado. A mãe, Maria do Rosário
(Zazita), era pianista. Algumas das cidades percorridas na infância
instável: Sertãozinho, Areias, Assis, Apiaí
e Descalvado. Voltando a residir com a família em São
Paulo, a escritora conseguiu forma-se em Direito pela Universidade
São Paulo, e ainda na escola Superior de Educação
Física da mesma instituição.
A autora
começou a escrever muito cedo, o que a levou depois a considerar
seus primeiros livros “muito imaturos e precipitados”,
chegando a rejeitá-los. Segundo o critico literário
Antonio Cândido, o romance ciranda da pedra (1954) seria o
marco de sua maturidade intelectual.
Vivendo
a realidade de uma escritora de terceiro mundo, Lygia Fagundes Telles
considera sua obra de natureza engajada, ou seja, comprometida com
a condição humana dentro da circunstância de
seu país, participante e testemunha que é deste tempo
e desta sociedade. Recebeu diversos prêmios literários,
entre os quais: Prêmio
Instituto Nacional do Livro (1958); Prêmio Guimarães
Rosa (1972); Prêmio Coelho Neto, da Academia Brasileira de
Letras (1973); Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do
Livro (1980); Prêmio de Pedro Nava, de Melhor Livro do Ano
(1989).
A coletânea
dos contos A noite escura e mais eu (1996) recebeu três importantes
prêmios literários: Melhor livro de contos, Biblioteca
Nacional; Prêmio Jabuti, da Câmera Brasileira do Livro;
Prêmio APLUB, Porto Alegre.
Lygia
Fagundes Telles participa de várias antologias de contos,
publicada no Brasil e no exterior. É integrante da Academia
Brasileira de Letras e Academia Paulista de Letras.
(fonte: “Carta
Forense” n.º 42, novembro de 2006, “Folha do Acadêmico”,
p. 03)