slide 4 slide 1 slide 2 slide 3

          Paulo Autran nasceu no dia 7 de setembro de 1922, no Rio de Janeiro. Aos 8 anos, mudou-se com a família para São Paulo em decorrência do trabalho de seu pai que era Delegado de Polícia. Nessa época, já cultivava um interesse pelo teatro, indo assistir a várias peças.
          Formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo em 1945, tendo exercido à advocacia durante sete anos, período este que se iniciava o teatro de Tônia Carreiro, sua maior incentivadora. Autran e Tônia estrearam profissionalmente em 13 de dezembro de 1949 com a peça “Um Deus dormiu Lá em Casa”, Paulo Autran fazia Deus Zeus. Poucos dias depois da estréia, a peça ganhou cinco prêmios, entres eles, o de melhor ator e atriz par ao casal estreante.
          A partir de 1951, fixou-se no Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Em 1956 formou uma companhia teatral com Tônia Carrero e Adolfo Celi, que durou até 1961.
          Com o início da ditadura militar, o seu público passou a ser de jovens e universitários. Em diversas ocasiões, Autran teve de sair de uma apresentação diretamente para o Departamento de Ordem Política e Social (o temido DOPS) para prestar depoimento. A peça “Liberdade, Liberdade” (1965) foi assistida por milhares de estudantes, que encararam como uma forma de protesto contra o regime de exceção que vigorava no Brasil.
          Em 1970 a montagem de Brasil e Cia. foi censurada. Paulo Autran teve de representar toda peça ao chefe da Polícia Federal para que ela fosse liberada. Atuou ainda em várias outras peças aclamadas pelo público e pela crítica. Destacam-se: “Vida de Galileu” (de Brecht, 1989), “Rei Lear” (de Shakespeare, 1996) e “O Crime de Doutor Alvarenga” (de Mauro Rassi, de 1998). Em mais de 50 anos de carreira no teatro, atuou em mais de cem montagens.