Gabriel
José Garcia Marquez, a quem os amigos chamam de Garbo, nasceu
às 9 horas da manhã do dia 6 de março de 1928 na
aldeia de Aracataca na Colômbia não muito distante de Barranquilla.
Seu pai, homem de onze filhos, tinha pequena farmácia homeopática,
e seu avô materno era um veterano de Guerra dos Mil dias, cujas
histórias encantavam os meninos. Costumava levar o neto ao circo,
às vezes se detinha na rua, como se sentisse uma pontada, e com
um sussurro, inclinando-se para ele dizia: “Ay, no sabes cúanto
pesa um muerto”, referindo-se a um homem que matara. Gabo tinha
8 anos quando esse avô morreu: desde então não me
aconteceu nada interessante.
A família
deixou então Aracataca (a macondo de seus livros) devido à
crise da plantação de bananeira. Gabriel estudou em Barranquilla
e no Liceu Nacional de Zipaquirá. Iniciou o curso de Direito
em Bogotá entre 1947 e 1948, e nessa época publicou seu
primeiro conto. Trabalhou como jornalista em Cartagena, Barranquilla
e depois em El Espectador de Bogotá, onde fez grandes reportagens
e críticas de cinema. Em 1955 ganhou um concurso nacional de
contos e foi enviado especial do jornal à Conferência dos
Quatro Grandes, em Genebra; Estudou no Centro Experimental de Cinema
de Roma e fez uma viagem de três meses aos países socialistas,
radicando-se depois em Paris. Em 1956 voltou à Colômbia
para casar-se com Mercedes Barcha: tem dois filhos: Rodrigo e Gonçalo.
Mais tarde Trabalhou como jornalista em Caracas e em 1960 foi para “Nem
York”. Viveu por 6 anos no México escrevendo roteiros para
o cinema.
Como influências
que considera importante, Garcia Márquez indica as seguintes:
Virginia Woolf, Faulkner, Kafica e Hemingway, do ponto de vista técnico.
Do ponto de vista literário, “As Mil e Uma Noites”,
que foi o primeiro livro que leu aos sete anos, Sóflocles e seus
avôs maternos.
(biografia extraída do romance “Cem Anos de Solidão”,
Editora Sabiá).