Nascido
no Rio de Janeiro, em 26 de novembro de 1911, o filho do maestro Antonio
Lago, aos 15 anos já publicava o primeiro poema na imprensa carioca.
Formou-se
em Direito, mas só exerceu a advocacia por seis meses. Militante
histórico do antigo Partido Comunista Brasileiro, amigo de Luiz
Carlos Prestes e Oscar Niemeyer, foi preso seis vezes, tornou-se compositor,
ator, foi um dos mais renomados galãs do teatro de comédia
brasileiro nos anos 40.
Como compositor,
são dele sucessos que se tornaram obrigatórios em qualquer
antologia de MPB que se organize. “Ai que Saudade da Amélia”
e “Atire a Primeira Pedra”, ambos com Ataulfo Alves, são
bons exemplos. No carnaval marcou presença com “Aurora”,
composta juntamente com Roberto Roberti.
Radiador,
autor de programas radiofônicos de grande sucesso, sua carreira
profissional foi sempre marcada por forte atuação política,
em favor de sua categoria. O que veio a prejudicá-lo quando da
instalação do regime militar de 1964, encerrando sua carreira
na Rádio Nacional do Rio de Janeiro e provocando sua prisão.
Retornou tempos depois pela televisão, consagrando-se como autêntico
astro no elenco e telenovelas da Rede Globo.
Dedicou-se
mais firmemente à literatura, escrevendo livros de memórias,
contando de forma saborosa como era o Brasil e os brasileiros à
época de sua juventude. Paralelamente se apresentava em shows
em que cantava suas composições e contava histórias
de seus companheiros de música, boêmia, profissão
e militância política. Finou-se o polivalente Mario Lago
em 30 de maio de 2002.
(fonte: “Folha
Acadêmica”, n.º 9, setembro de 2002, p. 16)