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         A juíza federal Kátia Hermínia Matias Lazarano Santos da 2.ª Vara de Guarulhos determinou, nesta terça-feira (18/5), a libertação, do engenheiro Hugo Sterman Filho. O empresário passou onze dias preso por engano, acusado de participar do esquema de venda de sentenças judiciais cuja investigação ficou conhecida como “Operação Anaconda”.

         O empresário foi confundido pela Polícia Federal com Hugo Carlette. O Ministério Público passou o erro adiante, em denúncia encaminhada ao Judiciário, e Sterman acabou sendo preso. Antes disso, com base nos documentos oficiais, a Folha de S.Paulo e o site Consultor Jurídico divulgaram, indevidamente o nome de Sterman como envolvido no caso.

         O esclarecimento do equívoco se deve ao trabalho do advogado Alberto Zacharias Toron e sua equipe que refizeram toda a trajetória do processo para corrigir o erro cometido.

         Toron demonstrou que nos relatórios parciais do serviço de inteligência da PF, os atos atribuídos a Hugo Carlette, em determinado momento, passaram a ser atribuídos a Hugo Sterman, sem explicação. A menção ao empresário se deu pelo fato de um aparelho celular, adquirido por sua empresa, foi desviado sem seu conhecimento e utilizado, sem seu conhecimento, em ligações feitas para o telefone de um dos principais envolvidos na Anaconda, o ex-policial federal César Herman.

         Confrontados pela juíza, nem o integrante do MP que apresentou a denúncia, nem o serviço de inteligência da PF assumiram a responsabilidade pelo grave erro cometido.

Revista Consultor Jurídico, 18 de maio de 2004.