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         O pastor evangélico Luciano de Jesus, da Assembléia de Deus do bairro Jardim São Luis, foi confundido com um homônimo e passou quatro dias no cadeião de Pinheiros injustamente. Ele foi preso na sexta-feira (29/4) por volta das 19h em sua casa, sob a acusação de estupro.

         O pastor, de 38 anos, foi preso no lugar de um homônimo de 22, que também não deveria ir para a cadeia. Dois erros numa medida só. Os advogados do pastor, Sidney Luiz da Cruz e Paulo Jacob Sassya El Amm, do escritório Elamm Cruz e Advogados, ao consultarem os autos do processo do fórum de Embu-Guaçu constataram que o verdadeiro acusado, seu homônimo Luciano de Jesus, de 22 anos já havia sido absolvido da acusação de estupro e solto em agosto de 2004.

         Constatado o engano, os advogados encaminharam petição à juíza substituta Ana Paula Achoa Mezher Gibson, da vara única da comarca de Embu-Guaçu, que determinou a imediata soltura do pastor.

         Os advogados afirmaram que vão entrar com ação contra o estado, com pedido de indenização por danos morais sofridos pelo pastor, que permaneceu quatro dias preso por engano e deve ser solto nesta tarde.

         Os profissionais ressaltaram os vários erros cometidos pelo estado. Primeiro, soltaram o verdadeiro acusado sem “dar baixa na polícia”, o que permitiu que seu nome continuasse constando como “procurado”, mesmo sendo inocente. Seu homônimo, pastor evangélico, de 38 anos e RG diverso foi preso, como se fosse o verdadeiro acusado, que já havia sido solto em 2004.

         Processo n.º 46.701. Revista Consultor Jurídico, 3 de maio de 2005.